quarta-feira, 28 de março de 2012

Setor de segurança é o que mais acompanha vida de funcionários em redes sociais

Segundo pesquisa da Adecco, 73% dos profissionais não postam comentários sobre questões relacionadas ao trabalho nas redes

Infomoney


O setor de segurança é o que mais acompanha a vida de funcionários e candidatos nas redes sociais, segundo informações da coordenadora de recursos humanos da Adecco Brasil – empresa especializada em soluções de gestão de Recursos Humanos -, Fabiane Cardoso.
Segundo ela, em seguida, estão o setor financeiro e alguns segmentos da indústria.
“O candidato deve ficar atento, pois seu perfil nas redes sociais é o espelho da sua personalidade (…) Em um processo seletivo, certos post podem ser determinantes para conquistar um novo emprego. 
Claro que este tipo de “consulta na internet” varia de empresa para empresa. Por isso, o mais recomendável é o bom senso sempre. Afinal, a rede social é a imagem que você vende sobre sua vida particular”, diz Fabiane.
Vida profissional e redes sociais

Cada vez mais, os usuários das redes sociais se conscientizam de que seus posts e comentários podem determinar sua vida profissional, se não forem bem administrados. 

Assim, de acordo com levantamento feito pela Adecco, seguindo a normativa da maioria das grandes empresas, 73% dos profissionais não postam comentários sobre questões relacionadas ao trabalho nas redes.

Outros 42% não utilizam as redes para se comunicar profissionalmente e 33% dos profissionais não têm acesso às redes em seus postos de trabalho.
Por outro lado, a pesquisa apontou que 27% das empresas não fazem nenhum tipo de restrição ao uso de redes como Facebook, Orkut e Twitter, enquanto apenas 14% dos profissionais utilizam as redes como ferramentas de trabalho.
No geral, apesar de a maioria dos profissionais nunca falar sobre seu trabalho nas redes particulares, 10% dos entrevistados revelam que mencionam diariamente fatos que ocorrem no ambiente profissional, sendo que 2% já receberam algum tipo de advertência da empresa, por comentários inadequados em seu perfil particular.
Assim, finaliza Fabiane, independentemente da área de atuação, o mais recomendado é nunca falar sobre o trabalho nas redes sociais.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Será que mudar de emprego é a resposta para aqueles que não gostam do chefe?

Procurar outra posição deve ser a última alternativa; antes, o profissional deve tentar resolver o problema

Infomoney

No desenvolvimento da carreira, os profissionais se deparam com diversos tipos de barreiras. Os chefes, por exemplo, usualmente são citados como limitadores de carreiras. Mas, se você não se dá bem com seu chefe, será que vale a pena procurar outro emprego?

A coach Susana Azevedo é bem clara, ao dizer que mudar de emprego por conta do chefe deve ser a última opção. Lembrando que procurar outra organização não é garantia de que o profissional encontrará o chefe dos sonhos. Então, o que fazer?

Em primeiro lugar, o profissional precisa identificar claramente qual o problema que possui com o chefe. Ele exige demais de você? Liga no seu celular durante o final de semana? Não aceita suas opiniões? Cada caso é um caso, e sempre é possível tomar algumas atitudes antes de pensar em mudar de empresa.

Educando seu chefe
De acordo com Suzana, há diversas formas de "educar" seu chefe, fazendo com que ele deixe de ser uma pessoa desagradável. E o melhor caminho para isso é por meio da comunicação. Por exemplo, nos casos em que ele sempre entra em contato em horário fora do expediente cobrando alguma coisa, o profissional deve se posicionar, informando que aquelo não é o momento e que ele está com a família, por exemplo.

Se você não gosta do seu chefe, pois ele nunca lhe dá um feedback, a resposta pode ser bastante simples: peça o feedback. Para a coach, muitos profissionais reprovam seus chefes, pois esperam coisas com as quais a liderança nem sempre está preocupada. Na prática, é importante que o profissional não ache que ele é o centro do mundo e, se quiser alguma coisa, precisa sentar e conversar.

Além disso, é preciso avaliar por que você reprova seu chefe. “Os profissionais precisam ser inteligentes, pensando em formas de resolver o problema”, diz a coach. A sugestão, portanto, é observar qual o problema e avaliar uma maneira de mudar.

Lembre que tudo pode se transformar em um grande ciclo vicioso e, se ninguém mudar ou der o primeiro passo, tudo vai continuar igual. E o profissional não deve ter medo de dar esse passo, mesmo porque, se o problema persistir, isso só vai limitar seu crescimento profissional. Suzana ainda aconselha os profissionais a contarem com a ajuda de outras pessoas.

Avaliar o mesmo problema sob diversas perspectivas também é útil. Às vezes, você pode estar lidando com um problema que considera grande, mas outro colega pode achar uma resposta simples, simplesmente pelo fato de não estar envolvido na questão.

Quando vale pedir demissão?
Se você não se dá bem com seu chefe, é possível contornar essa situação e mudar o jogo. Porém, há algumas situações em que realmente não vale a pena continuar na empresa. Para a coach, buscar outro emprego é uma opção válida quando os valores do profissional não combinam com os do chefe.

Questões éticas e de valores são mais complicadas e, dependendo do que estiver acontecendo, não há outra alternativa. Mudar de emprego também faz sentido quando a empresa como um todo já não oferece mais as oportunidades que você está buscando para sua trajetória profissional.
 

quinta-feira, 8 de março de 2012

Donas do próprio nariz (e da própria empresa!)

Apesar de ainda enfrentarem resistências no mercado, mulheres ganham cada vez mais importância em espaços tradicionalmente ocupados por homens

Por Mayara Emmily, www.administradores.com.br

Multitarefa. Essa palavra pode definir muitas mulheres na atualidade. Elas trabalham fora, exercem cargos de importância, são empreendedoras e fazem a diferença.

Para poderem realizar tudo isso, no entanto, elas tiveram e ainda têm que lutar, mostrando competência e criatividade. Usando sua capacidade de trabalho, inovação e talento, mostram que não ficam para trás no que diz respeito a liderar e levar com sucesso suas profissões e negócios.

Entendendo o que elas querem

Trabalhando por quase uma década em empresas com foco em produtos femininos, a publicitária Cinthia Almeida não estava satisfeita com a maneira que as companhias buscavam suprir as necessidades desse público. "Grande parte das empresas acabava partindo para a massificação e nem sempre atendia as mulheres", afirma.

Ela, que já desejava ser dona de sua própria empresa, então, decidiu construir um negócio focado em como vender para as mulheres. E assim surgiu a Delas! Mkt, uma consultoria que visa atender não apenas empresas especificamente do segmento feminino, mas aquelas que querem passar a investir nesse nicho de mercado.


Da esquerda para a direita, Rose, Cinthia e Luiza, mulheres empreendedoras 
(Imagens: divulgação)

Cinthia explica que, por meio de sua consultoria, mostra às empresas que o importante é entender qual é o perfil da mulher atual. "Diferente do estereótipo do passado, atualmente existem várias mulheres dentro de uma só", destaca.

Bom tratamento ao cliente

Já Rose Gonçalves, com experiência em moda e na área de beleza, viu que oferecer um produto ou serviço não bastava. Era preciso saber conquistar o consumidor. "Comecei a perceber que tinha nicho para a área de treinamento de profissionais para a importância de fidelizar o cliente e de atender bem", conta.

Pensando nisso, Rose, que já era empreendedora, mudou o nome da sua empresa, que passou a se chamar Assessoria de Beleza e incluiu treinamentos gerenciais para profissionais atuantes na área, como cabeleireiros, manicures, recepcionistas, entre outros.

E ela sabe que inovar e se reinventar sempre é indispensável. Por isso, procura diversificar os serviços que presta. "Vou treinar profissionais para saberem como atender uma noiva quando está no salão. Ela, que já está com uma sobrecarga emocional, precisa ser atendida muito bem", explica.

Valorização da equipe

Outra empresária de destaque (sem dúvida, uma das mais importantes do país, atualmente) é Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Magazine Luiza, um dos gigantes do varejo nacional.

Comandando uma rede com lojas em 16 estados do país, Luiza conduz um empreendimento que tem entre suas características marcantes a constante valorização dos seus colaboradores. Um dos exemplos disso é o desenvolvimento de ações em prol das mulheres que trabalham na rede.

Formada nos cursos de Administração e Direito, começou a trabalhar desde os 12 anos na loja da família. Luiza cresceu dentro da empresa e assumiu a presidência do empreendimento em 2008. Eleita pela AmericaEconomia uma das 10 executivas mais poderosas da América Latina em 2010, recentemente Luiza aceitou o cargo de vice-presidente do Conselho Diretor dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.

Antenada, a empresária ensaia um inovador modelo de negócios, que lançará mão da web para criar uma espécie de rede de representantes virtuais, as chamadas lojas sociais do Magazine Luiza.

A empresária, que tem um relacionamento de proximidade com suas equipes, também tem utilizado as redes sociais para estreitar a comunicação direta com os clientes. "Eu gosto muito do contato direto com o consumidor por meio das redes sociais, como faço aqui no Twitter", declarou em seu perfil na rede.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Uma nova realidade para as empresas de Contact Center

Utilização de multicanais, nova lei do trabalho à distância, preocupação com o índice de escolaridade, reajuste salarial... As empresas e seus colaboradores estão preparados para este novo cenário? 
 
Marcelo Brandão
 




No passado o colaborador de uma empresa de contact center era visto como um profissional de passagem, aquele emprego temporário que serve para “tapar buraco” até que algo melhor aparecesse. Além disso, a profissão de telemarketing, para muitos, ainda é uma porta de entrada para o mercado profissional. Porém, em um país em plena ascensão econômica, e com um consumo interno pujante, a busca pela excelência no atendimento ao cliente tem se tornado uma constante, e requer rapidez e eficiência.

Isso tem tirado o sono de muitos CIOs pelo País e faz com que as empresas do setor de contact center repensem suas estratégias e os seus modelos de trabalho. Por outro lado, jovens que buscam sua primeira oportunidade de trabalho, ou até mesmo, dão o primeiro passo rumo à profissão almejada, precisam estar mais bem preparados para esta nova realidade, que pode lhe proporcionar ganhos a curto e a longo prazo.

Diante deste crescimento, especialistas apontam que a nova realidade do setor passa por mudanças significativas, o que pode levar ao remodelamento das suas formas de trabalho.

Prova disso é a recente regulamentação do trabalho à distância. Estimativas apontam que o teletrabalho deva crescer 30% ao ano por conta da nova regra, o que proporcionaria um aumento de profissionais beneficiados pela mobilidade - até mesmo a contratação dos que sofrem algum tipo de deficiência motora deverá aumentar.

Na análise de Álvaro Mello, professor da Business School São Paulo e presidente da Sociedade de Teletrabalho e Teleatividade (Sobratt), a nova regra está começando a alterar os modelos de gestão das empresas. “A lei 12.551 impacta as empresas pelo fato de que agora passa a existir o teletrabalhador, anteriormente desconsiderado como categoria de profissional. É um bom sinal, pois significa que esta atividade já começa a ser regulamentada”.

Empresas como a Teletech já se beneficiam deste modelo fora do Brasil e agora planejam atuar dessa maneira por aqui. Para Agnaldo Souza, diretor de RH da companhia, “a minimização de espaços físicos nas dependências da empresa já resultaria em alguma economia”, diz.

Ainda deve-se discutir muito esta nova regulamentação que poderá abrir inúmeras distorções se não for acompanhada de perto. Outro fator importante neste momento é a análise das características deste novo profissional, fundamental para o desenvolvimento efetivo do setor. E as novas formas de gestão e monitoramento de trabalho que devem ser adotadas o mais rápido possível.

Para Stan Braz, diretor presidente executivo do Sintelmark (Sindicato das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos) e da ABRAREC (Associação Brasileira das Relações Empresa-Cliente), as empresas devem estar atentas para esta nova realidade. “Precisamos de novos operadores e de uma gestão mais inovadora. O que pode ocorrer por meio de cursos de aperfeiçoamento para ambos. Isso fará com que o contact center esteja focado em suas necessidades e do setor que atendem. Nesse momento o RH destas empresas é fundamental nessa evolução”.

Realmente, uma equipe de Recursos Humanos inovadora e atenta às características que se enquadram ao perfil da vaga ofertada pela companhia faz toda a diferença neste novo cenário. Porém, em um país onde o governo não investe em educação básica, a contratação de um jovem para o mercado de teletrabalho acaba sendo uma tarefa herculana.

Mesmo com 400 mil profissionais, somente no estado de São Paulo, com previsão de abertura de 32 mil novas vagas, dados do próprio Sintelmark, o perfil do operador de contact center atuante consta que dois em cada dez profissionais cursam ensino superior.

A saída, segundo o próprio Braz, seria “a priorização do governo na educação básica”. Sem dúvida, que um jovem melhor instruído chegaria com melhores chances de contratação, galgaria rapidamente melhores posições na empresa e, mesmo que houvesse o eterno rodízio de operadores, seu desempenho poderia ser muito melhor aproveitado em um curto espaço de tempo, resultando em um melhor atendimento ao consumidor.

“As organizações tendem a promover internamente os funcionários que se destacam, antes de anunciarem as vagas externamente, por entenderem que estes jovens já demonstram confiança, comprometimento e competência nas funções que exercem. Para quem quer evoluir dentro da empresa estar melhor preparado é um diferencial”, comenta o executivo.

Salário X Formação

Hoje, para os operadores de contact center com jornada de seis horas diárias, o piso salarial passou de R5 450,00 para R$ 630,00, um aumento de aproximadamente 16%. O piso para supervisores de operação é de R$ 1.100,00, segundo informações do Sintelmark.

Muitas empresas no Brasil já oferecem salários superiores a R$ 1.200, 00 para um operador bilíngue, mas a dificuldade de se encontrar este profissional no mercado ainda é grande.

Para termos uma ideia, as empresas de contact center no Brasil investem 7% de seu faturamento em tecnologia e capacitação como o aperfeiçoamento da própria língua portuguesa, tamanho é a deficiência oriunda do nosso ensino básico.

Em contrapartida precisam ter resultados rápidos. É aí que reside o maior dilema: como recuperar um jovem com um déficit de escolaridade de anos, em 42 dias - tempo médio que as empresas de contact center têm para se treinar um novo colaborador?

Nessa hora entra o conhecido “script”, técnica utilizada durante anos para formar o discurso destes operadores, mas, que se torna ineficiente diante da nova realidade proporcionada pelos multicanais de atendimento.

Para Stan Braz, o Brasil é uma grande potência neste setor, mas falta investimento em educação básica. “Não podemos inflacionar o colaborador. Não podemos oferecer um salário de R$ 2.000,00 para quem está chegando ao mercado de trabalho. Na Índia, na China o governo investe na educação e lá um operador de telemarketing rapidamente evolui. Com certeza ele poderá vir a ser um engenheiro de TI. Aqui no Brasil isso é quase impossível, poucos se sobressaem”, argumenta o executivo.

Tendência para os próximos 2 anos

O relacionamento multicanal já é uma realidade. Hoje, nosso primeiro passo para sanar uma dúvida ou especular sobre um determinado serviço tem como fonte de consulta a internet. A mobilidade já está inserida também neste relacionamento. Por intermédio de smartphones e tablets o consumidor opta por outras vias, que não a linha telefônica, para entrar em contato com as empresas. O que realmente falta são profissionais de teletrabalho preparados para lidarem com este novo modelo de relacionamento e as novas formas de convergência.

Especialistas já apontam que por conta destes avanços tecnológicos, da inclusão digital e, agora somada, a nova regra de trabalho à distância, o relacionamento com as empresas por meio de multicanais deverá crescer 20% até 2013. Esse crescimento aponta uma tendência: as empresas poderão centralizar na telefonia suas operações e através dos multicanais (chat, email, rede sociais) focarem com mais dinamismo e competência o seu atendimento.

É o que o especialista Daniel Domeneghetti, sócio-fundador da E-Consulting chama de Relacionamento MCC: Mobilidade, Convergência e Colaboração. “Os contact centers têm que preparar seus funcionários para trabalharem com isso. Já vivemos esta nova forma de relacionamento”, afirma.

Para Stan Braz, é um momento de expansão em todas as esferas da sociedade e o teletrabalho é um reflexo dessa nova fronteira. “A formação empresarial no Brasil ainda é de indústria. Toda essa mudança que está acontecendo impacta os serviços, um setor que ainda estamos adaptando aos novos tempos. Não só isso. Nossas normas ainda não estão adaptadas, nossos marcos regulatórios são da década de 40... Isso tudo tem que ser revisto também”, argumenta.

Enfrentamos uma dura realidade: existe um maior consumo por parte da sociedade que busca um melhor atendimento; discutimos salário e a falta de mão de obra qualificada; e as empresas vivem um momento de expansão e oportunidades.

Encontrar a equação certa, talvez resida em novos planos de educação, em parcerias com empresas privadas e um olhar mais atento do governo federal para um problema que se estende por décadas: educação básica de qualidade.

Quem sabe em um futuro distante, a qualidade da nossa educação caminhe com a mesma velocidade que a nossa economia que, hoje, atrai novos investimentos. Afinal, não podemos nos esquecer: por de traz de um telefone, ainda existe um ser humano.
 

terça-feira, 6 de março de 2012

Para crescer na carreira, profissionais competitivos devem passar conhecimento

Apesar de serem trabalhadores pró-ativos e dinâmicos, falhas comportamentais limitam seu crescimento

Infomoney
 
As empresas querem profissionais competitivos, ou seja, trabalhadores focados, pró-ativos, objetivos, independentes e que mostrem garra. O problema é que essa competitividade toda muitas vezes ofusca alguns problemas que acabam limitando o seu crescimento profissional.

Segunda a consultora de RH da Multiplicarh, Marisa Marinho, um dos maiores medos dos profissionais competitivos é perder sua posição. Em decorrência disso, acabam concentrando as informações e têm grande dificuldade de passar conhecimento para os demais membros da equipe.

Multiplicando conhecimento
Para ser um gestor, porém, é preciso saber desenvolver pessoas e multiplicar conhecimento. “Os profissionais muito competitivos não querem ensinar, não querem passar o 'pulo do gato', mas, para ser um gestor, ele precisa fazer isso”, avalia Marisa.

A solução é o equilíbrio. Ser competitivo, querer resultados, ser focado e extremamente pró-ativo são atitudes positivas para os profissionais, mas elas não devem ser suficientes para subir de cargo. “É preciso trabalhar a competência de desenvolver pessoas”, explica Marisa.

A especialista também explica que é um erro pensar que, ao desenvolver um profissional, passando seus conhecimentos e informações, ele tomará seu lugar. Na realidade, ao disseminar conhecimento, diz ela, “você se desenvolve ainda mais, criando mais maturidade de gestão”.

Tomada de decisões
Mas as falhas comportamentais dos profissionais altamente competitivos não param por ai. De acordo com o diretor de operações da consultoria de RH Human Brasil, Fernando Montero, esses perfis de trabalhadores também costumam ser rápidos demais ao tomar decisões, o que nem sempre será positivo.

“Muitas vezes essas decisões têm que ser repensadas, gerando retrabalho e desgaste da equipe”, diz Montero. Na prática, os profissionais competitivos querem decidir logo, tirar o problema da frente e nem sempre observam detalhadamente todos os elementos envolvidos e, ao final, nem tudo sai conforme o planejado.

Mesmo que você seja competitivo, saiba que, para crescer, precisará reduzir esse tipo de retrabalho, decorrente de decisões afoitas e mal pensadas. Mais uma característica frequente dos profissionais competitivos é a falta de comunicação e sensibilidade.

Como ele está muito preocupado em atingir metas e mostrar resultados, nem sempre presta atenção ao que está acontecendo a sua volta, explica Montero. “Você precisa se adequar e calibrar seu estilo de acordo com os demais membros da equipe”, sugere o especialista.

Essas características negativas podem ser neutralizadas, quando o profissional tenta desenvolver suas habilidade de comunicação. “Eles têm dificuldade de comunicação. A lógica é: ele fala, os outros escutam”, explica Montero. A questão é que não é assim que se cresce profissionalmente.

“O cara muito competitivo acaba não dando ouvido aos outros. Ele se torna um profissional muito autocentrado e insensível aos outros. Ele, inclusive, não observa qual a percepção dos outros em relação ao seu próprio desempenho. É preciso prestar atenção aos outros”, finaliza o especialista.